quinta-feira, dezembro 31, 2009

Importa preservar...

Neste que é o último dia de 2009 importa recordar não apenas o que aconteceu este ano mas todo um conjunto de acontecimentos mais longínquos. A Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho, em especial colaboração com as associações e colectividades locais, tem ao longo dos últimos anos levado a cabo um louvável esforço no sentido da preservar algumas das tradições desta freguesia. A Feira Medieval é um exemplo claro de como é possível desenvolver iniciativas de sucesso em Vilar, mas não podemos deixar passar em claro a Festa da Cebola. Essa festa que é um recordar de uma das principais fontes de riqueza da freguesia noutros tempos.
É inevitável associar o passado de Vilar à terra, ao cultivo de legumes, em especial a cebola e o milho mas também à pecuária. Muitos agricultores enriqueceram às custas do seu trabalho nesta terra. O comércio de produtos agrícolas, com especial incidência na exportação de cebola e gado para Inglaterra foi um dos motivos para o desenvolvimento de quintas como a do Soeime, Paço de Vitorino, Outeiro, entre outras. Já no caso do milho importa ressalvar que boa parte era usado na produção da Broa de Avintes, depois de transformado em farinha num dos muitos moinhos que povoavam o Febros.





Essas quintas são hoje um importante património arquitectónico do passado de Vilar e das suas raízes marcadamente agrícolas. A Junta de Freguesia não se esquece das tradições da sua terra e muito menos da importância histórica de quintas como a Paço de Vitorino, onde já se tem realizado quer a Feira Medieval quer a Festa da Cebola. Apenas é de lamentar o estado de degradação que ano após ano se instala nesta propriedade rústica. Não por culpa da Junta, que de resto mostrou vontade em tentar conservar (dentro das suas possibilidades) este magnífico espaço, mas sim devido à inevitável burocracia e também à centralidade dos investimentos públicos no Turismo. Estes levam a maior parte dos dinheiros disponíveis para Lisboa, quando não levam as próprias iniciativas, como é o caso da Red Bull Air Race. Em 2008, 61% (43 milhões de euros) dos fundos disponibilizados pelo Turismo de Portugal foram dirigidos para o concelho de Lisboa (concelho, nem sequer é o distrito). Uma pequeníssima parte desses fundos serviria para de uma vez só requalificar a Quinta Paço de Vitorino, mas enquanto por burocracia ou centralidade isso não é possível, resta a Vilar de Andorinho preservar as tradições e costumes que apenas dependem de nós!

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Requalificação de Vila D'Este já arrancou

Aqui fica disponível um dos artigos do Especial Vilar de Andorinho publicado pelo Notícias de Gaia a 15 de Outubro de 2009.






Finalmente. A requalificação de Vila D' Este vai sair do papel. A autarquia de Gaia assinou o contrato para a primeira fase de requalificação dos edifícios, no valor de 5 milhões de euros. O projecto foi aprovado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional. Apesar de não ser responsabilidade camarária, a autarquia encomendou um projecto ao Professor Vítor Abrantes (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto), que agora pode passar à prática nesta primeira fase. O importante é recuperar uma urbanização onde vivem 17 mil pessoas. A concurso público vão agora as restantes fases que dizem respeito, por exemplo, aos arranjos exteriores e nova requalificação de edifícios. "É com particular satisfação que assinamos este protocolo", referiu o vice-presidente da câmara e presidente da Gaiasocial". E Marco António Costa explica: "Ao contrário do que alguns dizem, este acordo só acontece devido ao esforço concertado das forças políticas de Vila Nova de Gaia e das associações representativas".
Os trabalhos começam já nos próximos dias e ficarão sob a alçada do departamento de Obras da autarquia. Entretanto, decorre o estudo de impacte ambiental para o prolongamento da linha do Metro até Vila D'Este. "Só chega em 2013 graças à vontade da população e à reivindicação da Câmara que, juntos, conseguiram que a decisão da secretária de Estado dos Transportes fosse anulada. Se nada tivesse sido feito, só teríamos Metro em Vila D´ Este em 2024", salientou Marco António Costa.
Menezes recordou que a autarquia está a intervir em Vila D ' Este desde o primeiro mandato. "Construímos uma escola do 1º ciclo, um pavilhão, uma piscina e demos sedes às associações". Paralelamente, foram realizadas intervenções ao nível da mobilidade e da recolha de lixo, que passou a ser diária.
Mas não chega. No futuro "vamos lutar pela instalação de um policiamento de proximidade. Na educação, vamos dialogar com os proprietários da antiga escola privada para fazer o desdobramento da Escola Básica e permitir que os alunos tenham um horário contínuo. E com as associações e a Paróquia vai continuar o diálogo, para trabalharmos no campo da 1ª infância e da 3ª idade, que até nem são competências nossas", finalizou o presidente do executivo camarário.

Consulte ainda a entrevista ao Dr. Manuel Monteiro, Presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho: http://noticiasdegaia.files.wordpress.com/2009/10/vilar-de-andorinho.pdf

terça-feira, dezembro 29, 2009

Ponto Verde #5 – Standby Power




Antes de mais o que é o Standby Power? Basicamente é a energia consumida pelos vários equipamentos quando estes se encontram em modo de Standby ou mesmo quando estão desligados, por exemplo uma televisão desligada pelo controlo remoto. Com televisões e outros equipamentos desligados apenas no controlo remoto, no final de um ano a sua casa poderá ter consumido cerca de €10 a €50 desnecessariamente!

No caso de nova aquisição…

Poderá verificar que cada vez mais os equipamentos fazem referência aos seus consumos em Standby. Entre dois equipamentos idênticos, procure adquirir aquele que apresenta maiores preocupações ao nível do consumo de energia.

Como evitar gastos desnecessários?

Com gestos tão simples como:

·         Desligar o carregador do telemóvel da tomada quando não está a ser utilizado;
·         Sempre que possível evitar os modos Standby (por exemplo: desligue a televisão no próprio aparelho e não no controlo remoto!);
·         Quando tem vários equipamentos ligados no mesmo local (por exemplo: computador, monitor, impressora e scanner), equacione a compra de uma extensão com um interruptor (de preferência sem luz). Desta forma poderá facilmente cortar a alimentação de todos os equipamentos depois de os desligar;

Um último conselho… parece existir uma obsessão qualquer com o Tempo, existe realmente necessidade de ter um relógio no fogão, no vídeo, na máquina de lavar louça e no micro ondas? Se não tem necessidade disso então opte por manter os aparelhos desligados!

Para terminar… Repare nos consumos resultantes do modo Standby ou OFF para vários equipamentos domésticos:





domingo, dezembro 27, 2009

Só uma das muitas iniciativas do Escolhe Vilar…

Já lá vai algum tempo, mas de qualquer maneira não vou deixar passar em claro uma das muitas iniciativas Escolhe Vilar. Esta iniciativa em particular teve a felicidade de ser citada por alguns órgãos de comunicação social.
A iniciativa diz respeito a um Workshop de Grafitti inserida no Projecto do Programa Escolhas, realizado no dia 29 de Março de 2008, tendo sido alvo de uma reportagem da TVI que podem visualizar aqui: Escolhe Vilar!



Para mais informações consulte:
http://www.programaescolhas.pt/index.php

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Poema de Natal

A Andorinha Digital deseja a todos os seus leitores um Natal cheio de alegria... e neste dia de festa achei por bem "publicar" algo diferente, um texto que não fala sobre Vilar de Andorinho mas que pode dizer muito... a muita gente!


Dia de Natal


Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.




Nota 1: Apesar de concordar com António Gedeão, acho que na realidade todos os dias do ano são uma óptima ocasião para sermos BONS!


Nota 2: Para quem não conhece e como este post é dedicado à literatura de Natal, aconselho vivamente o "Christmas Carol" de Charles Dickens.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Exposição patente na Agência de Desenvolvimento Local de Vila d’Este



Até dia 8 de Janeiro do próximo ano podemos visitar na Agencia de Desenvolvimento Local de Vila d’Este uma exposição onde estão patentes alguns dos trabalhos do caricaturista António Santiago. As obras expostas de António Santiago permitem admirar uma sátira diferenciada nos cartoons de diversos chefes de Governo mundiais, assim como de alguns políticos de renome nacional.



Santiago é natural de Vila Nova de Gaia, mas actualmente vive em Amarante, herdou do seu avô a alcunha de Santiago com que hoje assina as suas obras. O artista gaiense já desenhou várias personalidades bem conhecidas do público, entre elas Vanessa Fernandes. Mas pelos vistos o seu talento despertou muito cedo, conta o artista que já “em criança, quando fazia uma asneira e era repreendido, oferecia à pessoa que me repreendeu uma caricatura. E foi assim que aperfeiçoei este jeito de brincar com as pessoas”
Não percam esta oportunidade de apreciar as cartoons de um dos principais nomes desta forma artística no panorama nacional.

Para mais informações consulte:


terça-feira, dezembro 22, 2009

Ponto Verde #4 – Mais iluminação com eliminação de desperdício!




Os custos de iluminação representam cerca de 15% da factura de electricidade de uma habitação típica. Porém, com três gestos muito simples e racionais pode reduzir a sua a sua factura de electricidade e ainda… dar um contributo positivo para o Ambiente.

1º Gesto – Aproveite muito bem a luz natural!

Durante o dia aproveite bem a luz natural proveniente do sol… em vez de ligar a iluminação das diferentes divisões da sua habitação, abra as janelas e deixe o sol entrar pela casa dentro! A luz natural além de ainda ser gratuita é bastante saudável para a própria habitação!

2º Gesto – Não se esqueça de desligar a iluminação!

Por diversas ocasiões a iluminação do quarto, sala, cozinha, entre outras divisões, fica ligada… umas vezes por esquecimento puro, outras por simples preguiça! Um esforço para evitar o desperdício de iluminação é um esforço de poupança financeira e ambiental.

3º Gesto – Que lâmpada escolher? A melhor!

Existem diversos tipos de lâmpadas, mas para uso doméstico encontramos sobretudo quatro grupos… Incandescente normal, Halogéneo, Fluorescentes e Fluorescentes compactas.
As Incandescentes normais apresentam níveis de eficiência e fiabilidade reduzidos. Já as lâmpadas de Halogéneo que actualmente são bastante utilizadas (por motivos estéticos), apresentam uma eficiência energética superior às Incandescentes mas ainda assim reduzida.
Por outro lado, as lâmpadas Fluorescentes e as Fluorescentes compactas emitem a mesma luz que uma lâmpada incandescente convencional, gastando menos 80% de energia.

É verdade que as lâmpadas Fluorescentes compactas estão no mercado a um preço superior às lâmpadas Incandescentes convencionais, mas também é verdade que são um melhor investimento! Tem dúvidas? Compare:


Tipo de lâmpada
Incandescente
Fluorescente compacta
Potência
100W
23W
Preço de compra
€ 1,50
€6,00
Tempo de vida
1000 Horas
10000 Horas
Custo com a electricidade (em 3 anos)
€39,53
€9,05
Custo total em 3 anos
€41,03
€15,05


Nota: Os resultados da tabela dizem respeito a uma comparação nas seguintes condições: Comparação entre uma lâmpada Incandescente e uma Fluorescente compacta capazes de fornecer iguais condições de iluminação, durante quatro horas por dia, num período de três anos.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Gente da Minha Terra #3 – Padre Floro

Aqui fica um texto de Hugo Vasconcelos sobre uma das principais figuras de Vilar de Andorinho.

Padre Floro, um pároco na memória colectiva Vilarense.

No jardim frente à nossa Igreja Matriz, ergue-se o busto do Padre Floro Dias Alves. Corria o ano de 1967, quando o então pároco, o excelente pregador Pd. Faria, deixa a nossa Paróquia para ir apascentar a de Cedofeita. D. Florentino, Administrador Apostólico da Diocese do Porto, na ausência do seu Bispo, D. António Ferreira Gomes, exilado por motivos políticos, nomeia para Vilar de Andorinho o Pd Floro que, desde 1962, era pároco de Candemil e Anciães, em Amarante.
Curiosamente, fora também coadjutor daquele que, anos mais tarde, será Bispo de Setúbal, D. Manuel da Silva Martins. Pd Floro chegou no dia 19/11/1967 e toma conta dos destinos da nossa Paróquia. Com a Igreja Matriz cheia, diz as primeiras palavras a um povo profundamente crente e devoto. Com o passar dos anos, a Igreja e as Capelas continuaram cheias até ao seu último alento.
O nosso povo foi sempre muito acolhedor dos seus párocos. Foi o povo quem ergueu a Casa Paroquial e a Capela de Balteiro à custa de memoráveis cortejos e bailaricos. Pd Floro fez profundas obras nas Capelas de S.Lourenço, Nª Srª da Paz e na Igreja Matriz. Foi um lutador pela melhoria das condições físicas dos edifícios, mas sem esquecer “que a missão do Sacerdote não é só construir capelas, mas a Igreja de Jesus Cristo, feita de pedras vivas”. A nova Capela da Sagrada Família, em Vila D’Este, que o nosso querido Pd Albino Reis agora ressuscitou, foi também visão sua. Pd Floro nasceu a 11/12/1936, na freguesia de Vila Maior, no Concelho da Feira, e partiu para junto d’Aquele de quem toda a vida foi mensageiro a 3/3/1999, após 32 anos de serviço na Paróquia.
Nessa manhã, chegou a notícia que abalou toda a Freguesia. O Pd Floro morreu! As águas da fonte do Souto pararam, estupefactas, incrédulas. A doença que o minava acabou por lancetar-lhe a vida, apesar da vontade íntima de a vencer.
Do Pd Floro recordamos o à vontade e a simplicidade com que acolhia os paroquianos. Dava-se a todos, para ele todos eram iguais, pois todos eram filhos de Deus. E foi esta doutrina, esta franqueza de portas abertas à comunidade que o transformaram num filho amado desta terra, mesmo que desta não tenha brotado.
Na minha memória, retenho as suas visitas à Escola Primária: formava-se uma roda em seu torno e cantávamos. Contava-nos histórias e, por momentos, aquele homem, vestido com uma roupa pesada e escura, afinal era um nosso “colega”, com quem podíamos brincar ou saltar à fogueira nos magustos…
As pedras de que falava estão vivas, com um misto de saudade e de alegria: saudade do homem do povo, sabedor das suas misérias e venturas, e alegria por termos a certeza que, onde agora está, certamente rezará por todos nós.

Hugo Vasconcelos

“...Não chores, Se verdadeiramente me amas!”

In http://www.vilarandorinho.net/PDF/Boletim_2008.pdf

sábado, dezembro 19, 2009

Roteiro Cultural #3 – Monte da Virgem



Um dos ex-líbris de Vilar de Andorinho e do próprio município é sem dúvida o Monte da Virgem, outrora conhecido por Monte da Serpente e ainda Monte Grande. O Monte da Virgem é um local o ponto mais alto de todo o Concelho e encontra-se rodeado por terrenos férteis e vários fios de água que irrigam esses mesmos terrenos. Tendo em conta esta características é natural que Vilar de Andorinho e em especial o Monte da Virgem (que abrange o território de Oliveira do Douro e Mafamude), são um local privilegiado para a fixação de povos aos longo dos tempos, seja pelas boas condições para a agricultura mas também pelas vantagens em termos de defesa e comunicação com os povos vizinhos.
Assim, além de ser um dos pulmões de Gaia o Monte da Virgem poderá quiçá ser um local de grande importância histórica (apenas à espera de ser explorado). De qualquer maneira, é ainda de referir a localização no Monte do Observatório Astronómico Prof. Manuel de Barros onde se desenvolvem actividades de investigação, serviços à comunidade e extensão cultural, nas Ciências da Terra, do Espaço e da Engenharia Geográfica. Lado a lado com a Ciência temos a Religião, já que no princípio do século XX foi construída uma Capela e obelisco dedicado à Nossa Senhora da Conceição.




Este Monte, sobranceiro sobre o Rio Douro é um óptimo local para se passear num dia claro, dificilmente se encontra uma paisagem panorâmica do Douro tão bela e completa.
Mas há más notícias… segundo a organização ambientalista Campo Aberto, o Monte da Virgem se encontra na lista dos 50 espaços verdes em risco no Grande Porto… o que é no mínimo lamentável. Por isso e numa altura em que discute tanto sobre a temática ecologia não deixem de desfrutar do Monte da Virgem.

Para mais informações:

sexta-feira, dezembro 18, 2009

“APRENDER, COMPENSA”, reportagem do Jornal Audiência

Aqui fica mais uma reportagem do jornal Audiência, escrita por Marisa Pinho e publicada a 18 Novembro 2009.

“Aprender, compensa” foi a expressão projecta e sentida nos muitos homens e mulheres de Vilar de Andorinho que, na passada sexta-feira, no auditório da Associação Cultural e Desportiva S. João da Serra, pegaram no seu diploma de certificado de habilitações, uns do 9º ano e outros do 12º ano.
O gabinete de inserção profissional da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho, através de um protocolo com o Centro de Novas Oportunidades, criou as condições necessárias para que muitos adultos da freguesia obtivessem uma qualificação de 9º ano e 12º ano pelo processo de Reconhecimento, Certificação e Validação de Competências (RVCC - Programa das Novas Oportunidades).

Os homens e mulheres que entraram neste processo para aumentarem a sua escolaridade fizeram-no, uns, por questões de valorização pessoal, mais muitos outros por motivos profissionais.

Um desses exemplos é Armando, funcionário da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho que adquiriu primeiro o diploma do 9º ano e, posteriormente, o do 12º. “A aquisição deste diploma foi muito importante para minha vida”, disse Armando ao referir que, apesar da idade, quando existe vontade e empenho “tudo se torna mais fácil”.

“Quando alguém abria uma vaga para um emprego, eu tinha muitas dificuldades em consegui-la, ficava logo excluído por causa das minhas baixas habilitações”, confessou.

Os recém diplomados pelas Novas Oportunidades lembrou que quando se é jovem “não se dá valor a este diploma”. Na construção do seu portfólio, Armando colocou todas as experiências que adquiriu ao longo da vida e, hoje, depois de ter aprendido a lidar com o computador, utiliza com muita frequência a Internet.

“Este diploma promoveu o meu auto-conhecimento, crítica e tornei-me uma pessoa mais instruída”, frisou orgulhoso.

O presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho, Manuel Monteiro, não conseguiu esconder a satisfação na entrega dos diplomas aos seus fregueses. “Ninguém é o mesmo antes e depois de ter recebido este diploma. Estes alunos saem daqui mais enriquecidos”, salientou.

Manuel Monteiro garantiu que a Junta de Freguesia vai continuar receptiva no apoio a este tipo de iniciativas e apelou a estes novos diplomados que continuem a aprender. “Não fiquem por aqui. Quando eu terminar a minha vida autárquica, quero tirar o curso de direito”, anunciou.


Reportagem disponível em:

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Saúde e Bem-estar #3 – Auto-exame do testículo


Os testículos fazem parte do órgão reprodutor masculino e são responsáveis pela produção de espermatozóides. O cancro no testículo corresponde apenas a 5% de todos os casos de cancro no homem. No entanto, é o tipo de cancro mais comum em homens com idade entre 20 e 35 anos, apesar de poder ocorrer noutras idades. Geralmente atinge apenas um dos testículos. Não se sabe qual a causa deste cancro mas conhecem-se alguns factores de risco:


  • Idade;
  • História familiar;
  • Criptorquidia (quando os testículos não desceram para o escroto);
  • Irmão gémeo com cancro no testículo;
  • Lesões e traumas no Escroto;
  • Raça (mais comum na raça branca).

Sinais e Sintomas do Cancro no Testículo
Nas fases iniciais o cancro no testículo pode não causar nenhum sintoma. Quando os sintomas ocorrem, incluem:
  • Pequeno nódulo indolor no testículo;
  • Testículo aumentado;
  • Sensação de peso no testículo ou no escroto;
  • Dor imprecisa na parte inferior do abdómen ou na virilha;
  • Se há presença de feridas, caroços e/ou sangramentos;
  • Se há presença de inchaço ou de inflamação, dor ou desconforto local;
  • Se há sensação da presença de líquido na bolsa escrotal.

Auto-Exame
O que é?
O auto-exame deverá ser um hábito comum entre os homens e é uma excelente forma de detectar o cancro no testículo em estado inicial.

Quando fazer?
O auto-exame deve ser realizado pela primeira vez entre os 13 e os 18 anos. E a partir daí deve ser feito todos os meses, aproximadamente no mesmo dia. Realize o auto-exame depois de um banho quente porque o calor faz com que a pele do escroto relaxe facilitando assim a localização de alguma normalidade. Se nunca realizou o auto-exame é normal que sinta alguma ansiedade, tente relaxar.


Sistema Reprodutor Masculino



Como fazer?

testículo normal tem uma consistência homogénea e movimenta-se livremente. É firme à palpação, liso e oval, sem quaisquer caroços. Um testículo pode ser maior que o outro e é comum o esquerdo estar mais abaixo do direito.

1. Faça o auto-exame de preferência depois de tomar banho. Coloque-se em frente a um espelho para examinar melhor.

2. Com uma mão levante o pénis e observe quaisquer alterações de forma, tamanho ou cor do escroto.

3. Examine cada testículo com as duas mãos

4. Coloque os dedos médios e indicadores na parte debaixo do testículo e os polegares na parte de cima. Delicadamente gire cada testículo, apalpando-os totalmente.




Se encontrar algum caroço, vá ao médico imediatamente. Saiba que nem todos os nódulos são malignos, mas precisam ser examinados o mais rápido possível, pois se forem malignos, a doença pode espalhar-se muito rapidamente.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Gente da Minha Terra #2 – Mestre Manuel António de Sousa




Ao longo dos séculos muitos foram aqueles que admiraram e continuam a admirar a obra-prima de Nasoni. Para muitos um dos principais ex-líbris da cidade do Porto, a Igreja e Torre dos Clérigos são no mínimo um dos mais emblemáticos postais turísticos da sua cidade. E mesmo sem conhecer o esforço necessário a uma obra de tal envergadura não é possível ficar indiferente àquela Torre que no alto dos seus 75 metros é a maior Torre de Portugal.
Muitos foram os obstáculos que colocaram em causa o avanço da Igreja e da sua Torre, mas cedo a Igreja e Torre dos Clérigos começaram a recolher um merecido respeito. Já em 1910 a Igreja e Torre foram classificadas pelo IPPAR como Monumento Nacional, e em 1996 uma vez que se encontram em pleno Centro Histórico do Porto tornaram-se Património Cultural da Humanidade.
Nasoni projectou toda a obra e mérito lhe seja dado por num terreno tão acentuado ter demonstrado uma sublime capacidade arquitectónica (sobretudo do ponto de vista estrutural), sem deixar de embelezar a sua obra com toda a riqueza do estilo Barroco. Porém, não podemos esquecer os mestres pedreiros que levaram efectivamente a obra ao que hoje conhecemos.
Depois de aberto o concurso para a construção da Igreja, a empreitada foi adjudicada por 32.000 cruzados ao mestre António Pereira. No dia 2 de Junho de 1732 com pompa e circunstância foi então lançada a primeira pedra da Igreja.
Nasoni muito zeloso do seu projecto não deixou de acompanhar de perto o avanço dos trabalhos, anotando várias deficiências. A dada altura um grupo de peritos depois de fiscalizar a obra alertou de imediato os responsáveis sobre a fragilidade das paredes, garantindo que mantendo-se os mesmo critérios a obra não teria um bom fim.

É assim que logo depois da peritagem o mestre António Pereira desiste do projecto, passando o mesmo para as mãos do mestre Miguel Francisco. Porém o segundo mestre também não esteve à altura das responsabilidades e acabou por se afastar (ou ser afastado). É assim que entra em cena o mestre Manuel António de Sousa, natural de Vilar de Andorinho (presume-se que tenha nascido em S. Lourenço).
O mestre Manuel António de Sousa assume o projecto com a condição de começar tudo de novo. E é mesmo o mestre oriundo de Vilar de Andorinho que consegue concluir a Igreja com o pleno agrado dos responsáveis. Os responsáveis do projecto, em especial Nasoni, não tiveram dúvidas em reconhecer o mérito de Manuel António de Sousa entregando-lhe também a construção da Torre que se situaria nas traseiras da Igreja. Manuel António de Sousa voltou a aceitar a responsabilidade e respondeu com toda a categoria e competência que a obra exigia, terminando-a em 1759, apenas quatro anos depois do seu início.





Assim, da próxima vez que subirem a Rua dos Clérigos ou simplesmente vislumbrarem ao longe a imponente Torre do Clérigo… recordem que foi um vilarense que deu “vida” àquele monumento de 75 metros de altura.

Muito mais gostaria de contar sobre o mestre Manuel António de Sousa, mas a verdade é que o seu nome parece tem sido varrido da História. Em vários documentos e sites sobre a Igreja e Torre dos Clérigos o seu nome não consta, ao contrário dos dois mestre que o antecederam. É realmente curioso que assim seja…

Para mais informações consulte:
“Monografia de Vilar de Andorinho” de Joaquim Costa Gomes

terça-feira, dezembro 15, 2009

Ponto Verde #3 – Olhe para a Etiqueta Energética e compre melhor!

Já devem ter ouvido falar da Etiqueta Energética, que consiste num rótulo informativo sobre a eficiência energética e outras características dos equipamentos domésticos. Ao contrário do que possam pensar esse rótulo é bastante útil! Permite por exemplo saber os custos de funcionamento associados ao equipamento, o que pode ser uma ajuda na hora de decidir que electrodoméstico comprar (e como o Natal é sempre uma boa altura para compras, aqui ficam informações úteis para a compra de electrodomésticos)! A Etiqueta Energética pode ser encontrada no exterior da maior parte dos electrodomésticos e têm o seguinte aspecto:


                                           


Além de indicar dados de consumo, como a electricidade, a água ou o ruído, a etiqueta classifica os equipamentos conforme o seu nível de eficiência, desde a letra A (o mais eficiente) até ao G (o menos eficiente). Existem equipamentos para os quais apenas é permitida a comercialização das classes A a C (o caso de alguns frigoríficos) e existe ainda uma classificação especial para frigoríficos de eficiência superior (Classe A+).

Dicas para uma compra acertada:

·         Compare as etiquetas de eficiência energética;
·         Escolha um equipamento com a dimensão adequada às suas necessidades;
·         Opte por electrodomésticos que não usem CFC’s (clorofluorocarbonetos), prejudiciais à camada de ozono.

Ainda duvida que deve olhar para as Etiquetas antes de comprar? Então compare os consumos de energia e de água entre diferentes equipamentos da família standard (Classe C, D e G) e família eco (Classe A):







E depois da compra…

Deve usar os electrodomésticos de uma forma racional e eficiente! Por exemplo, quando utiliza o seu frigorífico, pense no que vai buscar antes de o abrir; Evite deixar a porta aberta durante mais tempo que o necessário; Não encha demasiado o frigorífico; Nunca guarde alimentos quentes no frigorífico; Regule a temperatura de acordo com a utilização que o aparelho terá; Não deixe acumular gelo nas paredes do congelador.

Já quando usa a máquina de lavar roupa escolha o tipo de programa mais adequado a cada lavagem; Utilize as máquinas apenas quando estiverem cheias; Se não for possível encher as máquinas, utilize o programa de ½ carga.